Zona Norte

Primos são baleados ao terem carro confudido com o de bandidos

Uma das vítimas foi atingida por cinco disparos

Nívea está com uma bala alojada na cabeça segundo parentes
Nívea está com uma bala alojada na cabeça segundo parentes |  Foto: Reprodução

Dois primos foram baleados durante uma perseguição entre policiais militares e criminosos, na noite desta quarta-feira (25), na Rua São Luiz Gonzaga, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Nívea Ághata Fernandes, de 24 anos, foi uma das vítimas do caso e foi atingida por cinco tiros. Já seu primo, João Victor de Oliveira Andrade, de 23 anos, foi atingido de raspão na perna.

Segundo informações de Bruno Eduardo dos Santos Gomes, irmão de Yasmin dos Santos, de 18 anos, testemunha e vítima do caso, tudo aconteceu quando Yasmin, o esposo João Victor e a prima dele Nívea voltavam de um lanche. Eles tinham assistido ao jogo do Flamengo e depois resolveram sair para comer. 

"Eles escutaram uma perseguição policial e quando minha irmã viu, o carro dela tinha sido alvejado de tiros. O carro em que ela estava era um Ônix prata. Os policiais informaram na delegacia que estava procurando por um Cobalt branco, que estava com criminosos que tinham acabado de assaltar um casal próximo, um carro totalmente diferente. Eles falaram isso na delegacia após o ocorrido. Só queremos explicação de tudo o que ocorreu e a melhora da Nívea, que está internada em estado grave", afirmou ele.

João foi atingido de raspão na perna e levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Nívea, que dirigia o veículo, foi atingida por cinco tiros, sendo dois na cabeça, dois no tórax e um no braço esquerdo. Ela está internada em estado grave no Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão. Segundo Bruno, ela passou por cirurgia, mas ainda está com uma bala alojada na cabeça.

"Minha irmã não tinha arma nenhuma no carro, os policiais também não deram ordem de parada nem nada para ela. Só confundiram os carros e atiraram na minha família. Eu fiquei sabendo de tudo pouco depois de meia-noite, quando minha irmã me ligou desesperada falando que policiais do 4° BPM (São Cristóvão) e da UPP da Barreira do Vasco confudiram o carro deles com o de criminosos e atiraram neles", concluiu ele.

O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão).

O que diz a PM?

Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que na noite de quarta-feira (25), policiais militares do 4° BPM (São Cristóvão) foram acionados para checar a informação de que havia um veículo praticando diversos roubos ao longo da Rua São Luiz Gonzaga em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

De acordo com o comando da unidade, durante a tentativa de abordagem policial os agentes identificaram a presença de dois veículos em situação suspeita. Um dos automóveis efetuou disparos contra uma guarnição da Unidade de Polícia Pacificadora da Barreira do Vasco (UPP/Barreira), que reforçava o policiamento na região. 

Houve confronto e após o cessar dos disparos, os agentes conseguiram interceptar um dos automóveis envolvidos na ação. No carro, os agentes encontraram um homem e uma mulher feridos e uma segunda mulher que não apresentava sinais de ferimentos.

Na ação foram apreendidos quatro aparelhos de telefone celular sem chip, uma touca ninja, três relógios e um rádio comunicador. Todo o material foi encaminhado à 17° DP (São Cristóvão), onde os ocupantes foram reconhecidos como sendo autores de pelo menos um roubo ocorrido na região.

Uma das vítimas compareceu à unidade policial onde o caso foi registrado e se apresentou como proprietária de um dos aparelhos de telefone celular, encontrado com os acusados. Os feridos foram socorridos para o Hospital Quinta D'or e Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, onde permanecem internados sob custódia.

Após o fato, o 1° Comando de Policiamento de Área (1° CPA) apura as circunstâncias da abordagem. Um procedimento apuratório foi instaurado para averiguar a conduta dos agentes envolvidos na ação e a Corregedoria da Corporação acompanha os trâmites do caso. Cabe informar que a Corporação colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil.

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